Construtivismo é a aplicação pedagógica dos estudos de Jean Piaget (896-1980), educador, psicológico, biólogo e filósofo suíço que reformou em bases funcionais as questões sobre pensamentos e linguagem. Ao mesmo tempo pensador e cientista experimental, a Piaget interessava uma visão transformadora da Epistemologia. Segundo suas pesquisas , o conhecimento é construído através da interação do sujeito com o objeto. O desenvolvimento cognitivo se dá pela assimilação do objeto de conhecimento a estruturas anteriores presentes no sujeito e pela acomodação dessas estruturas em função do que vai ser assimilado. Para Piaget, a criança se apodera de um conhecimento se "agir" sobre ele, pois aprender é modificar, descobrir, inventar. Nesse enfoque, a função do professor é propiciar situações para que a criança construa seu sistema de significação, o qual, uma vez organizado na mente, será estruturado no papel ou oralmente. O socioconstrutivismo é uma teoria que vem sendo desenvolvida a partir dos estudos de Vigotsky e seus seguidores. Vigotsky (1896-1934) graduou-se em Literatura na Universidade de Moscou. Lecionou Literatura e Psicologia e criou um laboratório de Psicologia no Instituto de Treinamento de Professores. Trabalhou no Instituto de Treinamento de Psicologia e no Instituto dos Estudos de Deficiências em Moscou.
No período de 1925 a 1934, reuniu um grupo (do qual participavam Luria e Leontiev) e iniciou estudos sobre a crise da Psicologia, buscando uma alternativa para o conflito entre as concepções idealistas e mecanicista.
Os estudos de Vigotsky e seguidores sobre a aquisição de linguagem como fator histórico e social enfatizam a importância da interação e da informação linguística para a construção do conhecimento. O centro do trabalho passa a ser, então, o uso e a funcionalidade da linguagem, o discurso e as condições de produção. O papel do professore o de mediador, facilitador, que interage com os alunos através da linguagem num processo dialógico.
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