Foi na década de 1990 que ficou marcada uma política pública expansionista e que visava garantir o acesso e permanência dos alunos na escola. Chamada de neoliberal, esta política é considerada a perversa, pois ao mesmo tempo em que democratiza, coloca à margem, garantindo meios de exclusão dessa massa.
Foi criado o Ciclo Básico de Ensino em São Paulo, unindo a primeira e segunda séries do antigo ensino primário; depois, com a nova LDB, em 1996, iniciou-se uma nova etapa de compreensão desta escola excludente, com entendimento de uma educação Básica para o cidadão, com novas formas de organização e flexibilização. A partir desse momento, a culpa foi retirada dos ombros do aluno, sendo, agora, dividida com a escola pois não houve um preparo para que a expansão do ensino ocorresse com qualidade; daí a interpretação das políticas públicas em favor de oferecer maiores e melhores oportunidades de acesso e permanência ao alunos.
No século XX, a instrução de um país era medida pelo índice de pessoas alfabetizadas, e o Brasil sempre foi considerado ineficaz nestes índices, ou subdesenvolvido, pois nas décadas de 50, 60 e 70 os índices de analfabetismo eram alarmantes.
Saber ler e escrever ainda é uma forma mínima de garantir a cidadania; se os índices mostram um Brasil com muitos analfabetos funcionais, significa que há escola, mas ainda com pouca qualidade de educação, o analfabetismo funcional é uma questão política, é produzido socialmente e indica a presença do fracasso escolar nas escolas.
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